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terça-feira, 12 de abril de 2011

Ser e não ser, fecho a questão.


Vivemos em mundo caótico, assolado por belezas, venturas e desventuras. Poderíamos ver o mundo de uma forma muito mais agradável, mas temos em nosso encalço muitos meios pessimistas de encarar a vida e praticamente é quase inviável viver sem ser influenciado por eles.
Foram criadas muitas estratégias sutis para fazer frente à propaganda negativa desse mundo envolto de horror e ódio, o mundo dos psicopatas mal compreendidos, dos monstros com uma história de vida sofrida prontos para explodir ao seu lado. O mundo do dualismo ilegítimo; do sensacionalismo caro, que não vislumbra as conseqüências dos seus atos; da tragédia tola, que não teve assistência da escuta e do direcionamento. O mundo do dá ou desce, do amor de cinema e do sexo carnaval, do sonhador babaca e do materialista comprometido, das idéias desvairadas e das ações desconexas. Sim! Mundo de impunidades e defeitos.
Cedo ou tarde a conseqüência chega para redimir os atos ambíguos, o defeito está naquele que quer ver o belo e trabalha meio incerto. Defeito em querer ver tudo polido, sem erro.  
Admite o contexto, mas em verdade nega o processo. O sofrimento faz parte da estadia. Quer o belo? Aceite o contrário à decência ou à conveniência.
Aceitação não tem que caber em conformismo e isso é regra básica para mudar. Dentre outras regras está o incomodar, pois só gritamos com o que nos tira de nosso estado de letargia. Nossa hipnose coletiva nos leva a viver em um mundo de desexistência, onde tudo existe, menos o eu. A opinião própria perde seu valor diante de tantas censuras. Tudo é feito como manda o carteado, nada é somado ao indivíduo que segue a métrica perfeita. O adequado aos parâmetros exigidos pela sociedade também não tem nada a acrescentar àquele que pode vislumbrar mil possibilidades além do que se limita a idéia do contexto adequado.
Insegurança, apego, medo, insatisfação, competitividade, mediocridade. As coisas são como dizem que deve ser ou como você diz que é.  
O contador de estórias cria novas realidades ao não se satisfazer com uma realidade imposta. Ao se deparar com seus ideais vive em dois contextos, afinal quem poderia desfazer uma realidade que você crê como real? Só você mesmo. Não precisa criar uma nova aventura imaginária contador...  Sua vida já é uma história.  Você cria em cada nova tela chamada dia. Faça sua arte. Não se submeta, e quanto a angustia, não repare não, são dois lados da mesma moeda.
Ser ou não ser, bela questão. Chegamos a um ponto onde o “ou” não cabe mais na história, esse negócio de “ser ou não ser” resume tudo em dois pólos que se limitam em oposição. Vamos acrescentar. O princípio da incerteza nos traz à reflexão sobre as coisas que são sem saber que são e não são sem saber que podem ser. Estamos vivos e parece que não estamos vivos, por estar vivos não estamos mortos, mas parece que excluímos a possibilidade de um dia morrer. Bate na madeira. Vivo ou morto? Pense bem, afinal não se pode matar o que já está morto.
Ser e não ser, fecho a questão.
Por enquanto...

Uma nova revelação, você sempre soube mas ainda não tinha compreendido
Uma nova humanização, a nova geração, passando de mono pra estéreo, em vários tons, é sério, é sério
O microfone, meu megafone, tome emprestado um pouco da minha energia, tem sobrando pra todos os lados
Força importante, uma força a mais pra aturar a pressão que tenta esmagar sua mente contra a parede chapiscada da ilusão
Enxergando a realidade por de trás, depois da curva
Apesar da visão turva e obscura da humanidade em geral
Miopia espiritual, pegou um, pegou geral
Dignidade, simplicidade, infelizmente se tornaram artigos de luxo na atualidade
Falta de vontade, disparidade entre discurso e atitude são maiores pilares dessa situação
Escalafobética, patética, na qual nos metemos, pela qual vivemos e morremos
Algumas vezes mais, pra aprender, reconhecer a todos como irmãos, uns mais evoluídos, outros não… mas todos com sua missão
(Refrão)
UMA NOVA VISÃO, É(4X)
O microfone, meu megafone, passando de mono pra estéreo a sua compreensão
Na real, discutir sobre o fim da violência é quase que total perda de tempo, paleativo, nem o sujeito mais socialmente ativo irá conseguir mudanças minimamente palpáveis
Praticamente apenas praticará o esporte mais popular da humanidade, jogar palavras ao léu, jogar palavras ao vento
Nada muda, enquanto não mudarem os valores na raiz de todos, eu disse todos, exploradores e explorados, violentadores e violentados, tudo é meio a meio, tudo caminha lado-a-lado
Não sei se me entende, mas o que eu digo o que a maioria, que ficasse nesse lugar faria o mesmo, quando tem uma oportunidade ou faz mesmo
Mesmo que em escala menor, microcosmo, macrocosmo, porém a intenção que movimenta a ação é sempre a mesma
Cadeia alimentar, lei da selva, o mais forte destroça, atropela, passa por cima do mais fraco
Consumismo, super valorização da matéria: o lado espiritual, ou seja, o real, ficou na miséria, a mesma que domina e povoa o planeta terra por sinal
Competição a todo custo, vitória a qualquer custo, estilo de vida fatal, que resultou nesse fiasco, nesse insulto que é hoje a humanidade, esse fracasso
"Faça o que eu falo, não faça o que eu faço"
Eu digo, isso pra mim é o primeiro passo pro que, em bom português, se chama hipocrisia, como é no alto clero, como é em Brasília
B black bota o dedo na ferida, antes de querer que a humanidade mude, que tal mudar um pouco nosso próprio ponto de vista?
REFRÃO
Paciência sem subserviência é a combinação mais poderosa desse mundo: somos realmente uma coisa só
O efeito bumerangue taí, provando, levando e trazendo o que há de melhor e pior
Plantamos e colhemos em outros cantos e aqui mesmo, portanto não seja dissimulado, você sabe o que está acontecendo
No centro de tudo, no centro da questão tá a preguiça, a falta de disposição pra mudar
Várias preguiças somadas e o mundo sente o efeito, mentalidade falida, morta viva, não tem jeito
Eu tô dizendo: é preciso quebrar as regras daqui, seguir as regras de lá, com confiança, sangue frio, sem se apavorar
Cada um no seu tempo, cada qual no seu caminho, estradas separadas seguindo pro mesmo objetivo. Destino ou não
Pelo menos no momento, uns mais rápidos, outros lentos, porém no subconsciente todos atentos
Formigamento ao ouvir o chamado, eu não invento nada, só transmito os recados, os fragmentos
Fábio, meu irmão, seguimos na missão, a cabeça erguida e no peito a batida que for, meu coração é exclusivo só do meu senhor
Estilo libertário, vivo nesse mundo mas não sou presidiário da matéria
Procuro me desvincular cada vez mais, desapegar, usar somente o necessário pra passar
Pois quando menos se espera, lá vem mais uma despedida do planeta terra…
REFRÃO.