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segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Mensageiro do Sétimo Raio VI

Mutatis Mutandis

Acordou sem se espreguiçar naquela manhã, tudo realmente fazia sentido. Dois dos seus já era suficiente para que mais pudessem se alinhar a aquela percepção. Imagética sem mil cores se fazia presente de forma consciente. Esplendor se avigorava no peito de quem já sabia o que ia acontecer naquela noite. Seguir foi idéia de astro que já havia decidido sua consumação antes mesmo de nascer. Relógio de algibeira foi pontual, ao acreditar, e sendo assim o encontro foi realizado.
Quatro cabeças realizaram o encontro da coroa, espiritualidade e meditação foram o que os levou a conectar os vossos corações. Agnóste não entendia bem o que fazia ali, mas sentia que aquelas pessoas tinham uma maneira interessante de ver as coisas, a idade não cabia mais em ser questão e a forma era de franqueza e humor. Trunfus foi o primeiro a se colocar em pé de igualdade, estava cansado de ter tantas sacadas e ninguém lhe perceber, compreendeu que não podia fazer com que os outros o vissem, mas faria questão de mostrar que ele estava ali, duas vezes mais humilde, mas com a mesma perspicácia e sinceridade que lhe era de costume.
Outros seres, de potencial adormecido, assistiam ao espetáculo que Bardut fazia com a sua harpa. A mensagem convidava a existir para sempre em um eterno agora onde muitas canções eram apenas uma e essa mesma uma conseguia ser muitas sem se distorce e sempre a se complementar. A alquimia era geral, o sinal saiu do casulo e voou deixando a impressão para os que ainda não tinham percebido a transformação.
A notícia se espalhou como fogo, o vento fazia a sua parte em dar a direção mais adequada. A fumaça era vista a quilômetros por aqueles que sabiam que estava acontecendo alguma coisa, mas não sabiam o quê. Os que não estavam atentos para a nova semeadura choravam de desespero por pensar não estar preparados para aquilo que estava a acontecer sem perceber que bem embaixo dos seus pés suas lágrimas faziam brotar uma perspectiva própria de um novo amanhã.
Guebreu sorriu com o canto da boca e suas guelras vibraram em êxtase, algo de uma grandiosidade sem tamanho estava se formando e ele sabia pela sintonia que havia feito com Zadkiel que o primeiro passo havia sido dado. Hydia repousava em um mantra solene saudando a ocasião, Neti, que nesse momento se fazia onipresente, regozijava ao sentir as conexões energéticas que se expandiam por multi-dimensões alcançando com ondas perenes o sábio Harrael.
Utopia e realidade se desvaneciam em um debate entre animais que se diziam superiores por domarem o raciocínio lógico coerente dominador: - Sim! E se tudo ficar lindo e maravilhoso para todos? E depois?
Depois?
Só depois que chegar.       


O Mensageiro do Sétimo Raio I
O Mensageiro do Sétimo Raio II
O Mensageiro do Sétimo Raio III
O Mensageiro do Sétimo Raio IV